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Hey, Sailors!
Tenho observado o fenômeno do DESAFIO DA FOTO SEM MAKE e queria compartilhar o que está passando pela minha cabeça. Posso? Então, chega aê e vamos conversar.
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A minha infância foi como a de toda criança gorda: CHATA e CONSTRANGEDORA. A adolescência não foi muito diferente: vergonha, complexos, baixa autoestima. Vivia ouvindo frases do tipo "mas seus irmãos (Tenho quatro. Uma de sangue e três emprestados.) são tão magrinhos..." ou "Você é tão bonita... de rosto." Sem contar o bulling (que naquela época não se chamava assim e era super normal) que eu sofria dentro de casa mesmo, no meu bairro, na escola, sempre encarado como brincadeira, quando eu era chamada de rolha de poço e coisas do tipo. OK. Aceitei por muito tempo meu "destino" de gorda zoada.
Lá pelos meus 17 anos, só porque eu emagreci consideravelmente e por nenhum outro motivo a mais, eu tomei uma injeção de autoestima. Estava me sentido linda e comecei a usar salto, roupas curtas e decotadas. Em frente ao espelho eu estava poderosérrima! Mas sozinha, sem a minha imagem "sexy" refletida, eu não tinha segurança alguma, a minha autoestima era totalmente trucada e só era afirmada quando alguém mexia comigo na rua ou quando eu recebia algum elogio. OK. Aceitei meu destino de adolescente peituda, fetiche de homem velho porque eu achava que esse status era a comprovação de que eu tinha me tornado uma mulher bonita e confiante. Aham... Senta lá, Claudia.
Sustentei esse papel por algum tempo, até que o efeito sanfona sinistro e devastador apareceu. Passei por uma fase bem tensa da vida, muito, mas MUITO insegura mesmo! Se eu via alguém conhecido se aproximando, eu fingia que não via e atravessava a rua só pra evitar qualquer comentário sobre o meu peso. Isso me doía demais, mas não havia nenhum estímulo pra que eu saísse daquela situação. Entrei e saí da academia várias vezes. Perdi peso de novo, mas aquela mudança interna, aquele sacode que a gente precisa às vezes, não vinha de jeito nenhum. Como eu sofri internamente durante esse processo! Por fora, a solução foi passar a tirar sarro de mim mesma. Eu me tornei então "a gorda engraçada e piadista".
Hoje eu tenho 28 anos e não sei bem dizer a data exata que o tal sacode aconteceu. Acredito que seja uma mudança gradativa, mas quando me dei conta, estava acontecendo uma coisa mágica que eu nunca tinha experimentado antes: AMOR PRÓPRIO, AMOR DE VERDADE POR MIM MESMA. Me lembro bem do momento que percebi isso. Estava passando diante de uma vitrine e de repente percebi o meu reflexo. Parei, me olhei e pensei: "Caraca, tô bonita hoje!". Segui meu caminho toda alegre, como se eu tivesse descoberto a pólvora e comecei a refletir sobre a minha pessoa, sobre essa Aline Catanho que eu desconhecia, capaz de muita coisa, e eu simplesmente ME APAIXONEI POR MIM, pela minha aparência, pela minha personalidade, pela minha inteligência e minha vida mudou.
"Mas, Aline, você está 100% satisfeita com sua aparência?" Não... Ainda estou "em tratamento"! Rsrsrs! Ainda me incomodo com o tamanho do meu peito quando saio em busca de um sutiã ou biquíni, também tenho BAD HAIR DAYS, também acordo com crise existencial. Eu estou longe de ser um exemplo perfeito de superação, mas estou muito mais perto do que um dia eu imaginei. O que eu faço todos os dias é me conquistar, é fortalecer o meu relacionamento comigo mesma, é expandir o meu ego. É um trabalho diário, um exercício infinito de autoconfiança porque não quero perder a prática NUNCA. Passei a ser mais generosa comigo, menos crítica, mais leve (sem querer fazer trocadilho, mas já fazendo! Rs!) e o mais importante PASSEI A ME ENXERGAR COMO INDIVÍDUO, como um ser individual e único, com gostos e afinidades individuais. Enxergar o conjunto que nos cerca é importante? É, mas antes do conjunto vem VOCÊ, vem o que você é, vem as suas vontades e desejos, vem o seu bem estar. Antes de querermos o nosso lugar ao sol dentro dessas regras toscas e padronizadas convencionadas sei lá por quem, temos que achar o nosso centro, o nosso conforto... tudo isso lá dentro da gente mesmo, a nível de alma. Eu achei o meu e me tornei uma mulher muito mais vaidosa, que gosta de andar arrumadinha, cuidar do cabelo e de uma bela maquiagem e o melhor de tudo: UMA MULHER SE-GU-RA. Antigamente, quando eu recebia um elogio, eu ficava constrangida e chegava a duvidar que pudesse ser sincero. Hoje eu recebo vários, principalmente por causa do blog, e aprendi a apenas agradecer e retribuir, porque EU SEI QUE EU MEREÇO E TENHO O DIREITO DE SER ELOGIADA.
Ah! A maquiagem é uma das minhas paixões... e essa minha reflexão toda começou por causa do bafafá da foto sem make. Pra mim, a maquiagem tem que agregar, sem escravizar, entende?! As pessoas acham que porque eu falo sobre o assunto aqui no blog e amo me maquiar eu não vivo sem ela. Ledo engano! Eu vivo tanto tempo maquiada quanto sem maquiagem. Não é uma obrigação, é um prazer! A vida não é uma novela onde a gente dorme, acorda, toma banho maquiada, né?! Eu me amo maquiada e me amo igualmente sem maquiagem. Assim como às vezes eu estou afim de ir até na padaria com sombra preta e batom vermelho, às vezes eu quero passar o dia sem, com o rosto limpo, com a cara que eu tenho mesmo, porque dela não dá pra fugir.
Então eu me perguntei: "Porque é um DESAFIO postar uma foto sem make? Não é assim que tu acorda, filha?". Desafio, amiga, é você ser você mesma, autêntica, ousada, corajosa e linda, mesmo sob toda a pressão da sociedade. O blog ainda está conquistando a sua audiência, ninguém me conhece e eu não fui desafiada por nenhum blogueira famosa. Mas eu fui desafiada pela Maitê Gomes, uma pessoa querida, gente como a gente, amante de uma boa maquiagem, super vaidosa, leitora do blog e que também arrasou na foto sem make. E é óbvio que o desafio foi aceito sem nem pestanejar! Pela Maitê e pela beleza real que todo mundo tem, tá ai minha cara lavada, sem make e sem filtro. Apenas com a minha dignidade e o meu amor próprio! <3
Tenho observado o fenômeno do DESAFIO DA FOTO SEM MAKE e queria compartilhar o que está passando pela minha cabeça. Posso? Então, chega aê e vamos conversar.
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A minha infância foi como a de toda criança gorda: CHATA e CONSTRANGEDORA. A adolescência não foi muito diferente: vergonha, complexos, baixa autoestima. Vivia ouvindo frases do tipo "mas seus irmãos (Tenho quatro. Uma de sangue e três emprestados.) são tão magrinhos..." ou "Você é tão bonita... de rosto." Sem contar o bulling (que naquela época não se chamava assim e era super normal) que eu sofria dentro de casa mesmo, no meu bairro, na escola, sempre encarado como brincadeira, quando eu era chamada de rolha de poço e coisas do tipo. OK. Aceitei por muito tempo meu "destino" de gorda zoada.
Lá pelos meus 17 anos, só porque eu emagreci consideravelmente e por nenhum outro motivo a mais, eu tomei uma injeção de autoestima. Estava me sentido linda e comecei a usar salto, roupas curtas e decotadas. Em frente ao espelho eu estava poderosérrima! Mas sozinha, sem a minha imagem "sexy" refletida, eu não tinha segurança alguma, a minha autoestima era totalmente trucada e só era afirmada quando alguém mexia comigo na rua ou quando eu recebia algum elogio. OK. Aceitei meu destino de adolescente peituda, fetiche de homem velho porque eu achava que esse status era a comprovação de que eu tinha me tornado uma mulher bonita e confiante. Aham... Senta lá, Claudia.
Sustentei esse papel por algum tempo, até que o efeito sanfona sinistro e devastador apareceu. Passei por uma fase bem tensa da vida, muito, mas MUITO insegura mesmo! Se eu via alguém conhecido se aproximando, eu fingia que não via e atravessava a rua só pra evitar qualquer comentário sobre o meu peso. Isso me doía demais, mas não havia nenhum estímulo pra que eu saísse daquela situação. Entrei e saí da academia várias vezes. Perdi peso de novo, mas aquela mudança interna, aquele sacode que a gente precisa às vezes, não vinha de jeito nenhum. Como eu sofri internamente durante esse processo! Por fora, a solução foi passar a tirar sarro de mim mesma. Eu me tornei então "a gorda engraçada e piadista".
Hoje eu tenho 28 anos e não sei bem dizer a data exata que o tal sacode aconteceu. Acredito que seja uma mudança gradativa, mas quando me dei conta, estava acontecendo uma coisa mágica que eu nunca tinha experimentado antes: AMOR PRÓPRIO, AMOR DE VERDADE POR MIM MESMA. Me lembro bem do momento que percebi isso. Estava passando diante de uma vitrine e de repente percebi o meu reflexo. Parei, me olhei e pensei: "Caraca, tô bonita hoje!". Segui meu caminho toda alegre, como se eu tivesse descoberto a pólvora e comecei a refletir sobre a minha pessoa, sobre essa Aline Catanho que eu desconhecia, capaz de muita coisa, e eu simplesmente ME APAIXONEI POR MIM, pela minha aparência, pela minha personalidade, pela minha inteligência e minha vida mudou.
"Mas, Aline, você está 100% satisfeita com sua aparência?" Não... Ainda estou "em tratamento"! Rsrsrs! Ainda me incomodo com o tamanho do meu peito quando saio em busca de um sutiã ou biquíni, também tenho BAD HAIR DAYS, também acordo com crise existencial. Eu estou longe de ser um exemplo perfeito de superação, mas estou muito mais perto do que um dia eu imaginei. O que eu faço todos os dias é me conquistar, é fortalecer o meu relacionamento comigo mesma, é expandir o meu ego. É um trabalho diário, um exercício infinito de autoconfiança porque não quero perder a prática NUNCA. Passei a ser mais generosa comigo, menos crítica, mais leve (sem querer fazer trocadilho, mas já fazendo! Rs!) e o mais importante PASSEI A ME ENXERGAR COMO INDIVÍDUO, como um ser individual e único, com gostos e afinidades individuais. Enxergar o conjunto que nos cerca é importante? É, mas antes do conjunto vem VOCÊ, vem o que você é, vem as suas vontades e desejos, vem o seu bem estar. Antes de querermos o nosso lugar ao sol dentro dessas regras toscas e padronizadas convencionadas sei lá por quem, temos que achar o nosso centro, o nosso conforto... tudo isso lá dentro da gente mesmo, a nível de alma. Eu achei o meu e me tornei uma mulher muito mais vaidosa, que gosta de andar arrumadinha, cuidar do cabelo e de uma bela maquiagem e o melhor de tudo: UMA MULHER SE-GU-RA. Antigamente, quando eu recebia um elogio, eu ficava constrangida e chegava a duvidar que pudesse ser sincero. Hoje eu recebo vários, principalmente por causa do blog, e aprendi a apenas agradecer e retribuir, porque EU SEI QUE EU MEREÇO E TENHO O DIREITO DE SER ELOGIADA.
Ah! A maquiagem é uma das minhas paixões... e essa minha reflexão toda começou por causa do bafafá da foto sem make. Pra mim, a maquiagem tem que agregar, sem escravizar, entende?! As pessoas acham que porque eu falo sobre o assunto aqui no blog e amo me maquiar eu não vivo sem ela. Ledo engano! Eu vivo tanto tempo maquiada quanto sem maquiagem. Não é uma obrigação, é um prazer! A vida não é uma novela onde a gente dorme, acorda, toma banho maquiada, né?! Eu me amo maquiada e me amo igualmente sem maquiagem. Assim como às vezes eu estou afim de ir até na padaria com sombra preta e batom vermelho, às vezes eu quero passar o dia sem, com o rosto limpo, com a cara que eu tenho mesmo, porque dela não dá pra fugir.
Então eu me perguntei: "Porque é um DESAFIO postar uma foto sem make? Não é assim que tu acorda, filha?". Desafio, amiga, é você ser você mesma, autêntica, ousada, corajosa e linda, mesmo sob toda a pressão da sociedade. O blog ainda está conquistando a sua audiência, ninguém me conhece e eu não fui desafiada por nenhum blogueira famosa. Mas eu fui desafiada pela Maitê Gomes, uma pessoa querida, gente como a gente, amante de uma boa maquiagem, super vaidosa, leitora do blog e que também arrasou na foto sem make. E é óbvio que o desafio foi aceito sem nem pestanejar! Pela Maitê e pela beleza real que todo mundo tem, tá ai minha cara lavada, sem make e sem filtro. Apenas com a minha dignidade e o meu amor próprio! <3
Escrevi pra caramba, mas eu não poderia somente postar a minha foto sem contar um pouco da minha história. Espero que cada um que leia o post de hoje seja contagiado com um pouquinho dela!
Eu desafio todas as marinheiras desse navio não só a postar uma foto sem make, mas também a se amarem bem do jeitinho que são! ;) Usem a hashtag #sailorsemmake para marcar a foto do desafio! Conto com vocês!
Um super beijo e até o próximo post!
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Me vi no seu texto. Muito bom!
ResponderExcluirOi, Vívian! Que bom te ver por aqui!
ExcluirImagino que muita gente se identifique com o texto. A "doença da beleza", cujos sintomas são baixa autoestima, complexos e cobrança excessiva de si mesmo, infelizmente tem caráter epidêmico. Vamos seguindo, tentando mudar essa situação!
Beijos!
Texto maravilhoso gata! E te falar, eu já fui muito complexada tb...fui me descobrir lá pelos 23 ou 24 anos (estou com 27), e assim como vc, ainda estou me descobrindo e tentando me apaixonar por mim mesma todo dia! Percebe-se que vc é aquele típico clichê: linda por dentro e por fora =) Beijo!
ResponderExcluirMaitê, sua linda! Acredito que esse exercício seja eterno... Não sou besta de dizer que é fácil e que eu sou a pessoa com a autoestima mais elevada do universo! Seria mentira se eu dissesse! Todo mundo tem dias de merda, né?! A segurança que eu falo aqui no post é o capacidade de, mesmo em dias ruins, mesmo deixando a desejar às vezes no "PROJETO EU ME AMO" (porque acontece mesmo!), saber tratar isso como uma pequena etapa do dia. É saber contornar essa autossabotagem, e não deixar que isso tome grandes proporções e me impeça de fazer coisas.
ExcluirEu fico muito feliz por ter tido, a partir do desafio da foto (que cá pra nós, foi molezinha pra gente,né?!) a oportunidade de expor essa reflexão aqui no meu espaço.
Aqui só tem lindeza! Você, eu e a Vívian que comentou aqui acima e todo mundo que aprendeu com a vida a ser olhar com mais amor. =) Um beijo enorme e venha sempre aqui!
Linda com e sem make <3
ResponderExcluirTamanho Pêêêêêê! Muito obrigada pelo comentário e, como já disse várias vezes, muito obrigada pelo trabalho incrível que vocês fazem! <3 #muitoamor
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